Publicado o edital do primeiro concurso público da PPSA

A PPSA (Pré-sal Petróleo/SA) publicou, nessa sexta-feira, 24/01/2025, o edital do seu primeiro concurso público, para contratação de 100 profissionais de nível superior, além de formação de cadastro  reserva.  Estão sendo oferecidas 52 vagas para Especialistas em Petróleo e Gás, 36 para Analista de Gestão Corporativa, oito para Analista de Tecnologia da Informação e quatro vagas para o cargo de Advogado. Das vagas ofertadas, 5% serão oferecidas a pessoas com deficiência (PCDs) e 20% a candidatos pretos e pardos. Todas as vagas são para trabalhar no Escritório Central da PPSA, localizado na cidade do Rio de Janeiro.

Os profissionais aprovados atuarão em 30 diferentes áreas de conhecimento, o que torna o concurso acessível a uma ampla variedade de cursos de nível superior. Os candidatos admitidos deverão,  entretanto, comprovar experiência profissional mínima de cinco anos para os cargos de analista e de dez anos para os cargos de advogado e especialista.

As inscrições estarão abertas entre 05 de fevereiro e 17 de março de 2025, exclusivamente pelo site do Instituto de Desenvolvimento e Capacitação (IDCAP) (https://www.idcap.org.br), organizador do certame. O valor da taxa de inscrição é de R$ 100 para os cargos de analistas e de R$ 150 para advogados e especialistas. O pagamento será efetuado via boleto bancário emitido no ato da inscrição.

 

Provas e remuneração

As provas serão aplicadas no dia 27 de abril de 2025  nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Haverá uma prova objetiva para todos os cargos. Candidatos para as vagas de advogado e especialista em petróleo e gás farão também provas discursivas em português e inglês.

Os candidatos admitidos terão direito ao salário, benefícios e vantagens vigentes no momento da sua admissão. Os salários iniciais são de R$ 8.240,00 para Analista de Gestão Corporativa, R$ 9.350,00 para Analista de Tecnologia da Informação, R$ 15.942,00 para Advogado e R$ 19.610,00 para Especialista em Petróleo e Gás.

 

Sobre a PPSA

A PPSA é uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), e atua há 11 anos em três frentes: na gestão dos contratos de partilha de produção, na representação da União nos acordos de individualização da produção (Unitização) e na gestão da comercialização de petróleo e gás natural da União. A empresa tem como missão maximizar os resultados econômicos da União em todas as suas atividades. Todos os recursos arrecadados pela empresa são direcionados ao Tesouro Nacional.

Visite o site para saber mais sobre a empresa: www.ppsa.gov.br

 

Serviço:

Período de inscrições:  De 05 de fevereiro a 17 de março de 2025.

Edital: Disponível nos sites da PPSA (Concurso Público PPSA) e no site do IDCAP (www.idcap.org.br)

Inscrição: Exclusivamente no site do IDCAP:   www.idcap.org.br/informacoes/175

Local das provas: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador

Data das provas:  27/04/2025

Produção acumulada em regime de partilha ultrapassa a marca de 1 bilhão barris de petróleo desde 2017

A produção acumulada em regime de partilha desde 2017, início da série histórica, ultrapassou a marca de 1 bilhão de barris de petróleo em novembro. O campo de Búzios é responsável por mais da metade da produção no período, acumulando 529 milhões de barris. Os campos de Mero e Sépia ocupam a segunda e terceira posição. Desde 2017, a União teve direito a uma parcela acumulada de 59,8 milhões de barris. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção divulgado pela PPSA (Pré-Sal Petróleo) nesta quinta-feira (16).

 

Produção diária em novembro

No mês de novembro, a produção total dos contratos de partilha alcançou 1,1 milhão de barris por dia (bpd), resultado 6% maior que o período anterior, em função de melhoria na eficiência operacional em Libra.
Os campos de Búzios, Mero e Sépia se mantiveram como os maiores produtores em regime de partilha, respondendo por 86% do total.

A parcela de óleo da União somente nos contratos de partilha foi de 96,41 mil bpd. O resultado do mês apresentou um valor de 4% menor com relação ao período anterior, em função de custos recuperados da construção da P-85 , do Projeto Sépia 2,  e da parada do FPSO Ilhabela, em Sapinhoá.  A maior parcela da União foi oriunda de Mero, que respondeu por mais de 87% da produção, com 84,23 mil bpd.

A exportação total de gás natural em regime de partilha em novembro foi de 3,77 milhões de m³/dia. O resultado é oriundo de cinco campos e foi 6% menor em relação ao mês anterior devido à parada do FPSO Ilhabela, em Sapinhoá e à redução da exportação do FPSO Almirante Barroso, em Búzios. A parcela de gás natural disponível para exportação da União foi de 90 mil m³/dia no regime de partilha.


Produção total da União

Quando somadas as produções diária de petróleo da União em regime de partilha e nos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu, a produção diária de petróleo foi de 100,53 mil barris por dia em novembro, resultado praticamente estável em relação a outubro (menos 3%). Quanto aos volumes de gás e considerando todas as participações, a União também teve direito a uma produção total de 158 mil m³ por dia no mês. O volume é 38% abaixo do de outubro, em função da redução da exportação do FPSO Almirante Barroso e da Recuperação de custos do FPSO P-85 em Sépia.

 

Acesse aqui o boletim.

PPSA arrecada R$ 10,32 bilhões em 2024

A PPSA (Pré-Sal Petróleo), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia,  arrecadou R$ 10,32 bilhões em 2024 com a comercialização das parcelas de petróleo e gás natural da União em cinco contratos de partilha de produção e no acordo de individualização de produção de Tupi. O valor é cerca de 71% maior do que o arrecadado em 2023 (R$ 6,02 bilhões) e reflete o aumento da produção nos contratos, além do sucesso obtido nos processos competitivos para a comercialização das parcelas de petróleo e gás da União realizados pela PPSA desde 2021. Todos os recursos arrecadados são direcionados ao Tesouro Nacional.

No ano de 2024, foram embarcadas 56 cargas de petróleo da União, totalizando 27,39 milhões de barris, sendo 43 cargas do campo de Mero, seis de Búzios, três de Sépia , duas do Entorno de Sapinhoá, uma de Tupi e uma de Atapu. À exceção da cargas de Sépia e Atapu, que foram comercializadas por meio de processos de venda direta, as demais são referentes a contratos de longo prazo, frutos de leilão realizado pela PPSA na B3 em 2021, que teve como vencedora a Petrobras. Em 2024, foi também comercializado, para a Petrobras, um volume total de 53,8 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Em dezembro de 2024, a empresa também alcançou um novo recorde, arrecadando R$ 2 bilhões para União com a comercialização. Até então, o recorde era o resultado obtido em agosto de 2024, com R$ 1,4 bilhão.

Segundo o Diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad, este resultado representa o início de uma nova curva de desempenho da empresa, que terá arrecadações crescentes nos próximos anos. “Em 2030, quando os nove contratos de partilha comerciais que temos hoje alcançarem o pico de produção, a parcela da União será de 543 mil barris por dia, com arrecadação estimada de R$ 69 bilhões. Até 2034, as projeções indicam uma arrecadação acumulada de R$ 506 bilhões para a União”, disse ele.

Nova lei permite autonomia financeira à PPSA

A PPSA (Pré-sal Petróleo S/A) poderá passar a contar com autonomia financeira para desempenhar suas atividades. Sancionada nesta sexta-feira (27), a Lei nº 15.075 permite a inclusão da remuneração e dos gastos incorridos pela PPSA na execução de atividades relacionadas à gestão dos contratos de partilha e à própria gestão da comercialização nas despesas de comercialização das parcelas de petróleo e gás natural da União. O ato ainda precisa ser regulamentado pelo Poder Executivo.

Até o momento, os custos e investimentos da PPSA são cobertos por meio de um contrato de remuneração junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), que vem sendo renovado anualmente desde sua criação. Com o crescimento das atividades de comercialização das parcelas de petróleo e gás da União, a medida garante que a empresa terá estrutura para maximizar os resultados econômicos para a União.

A nova legislação também prevê a possibilidade de prorrogação da vigência dos contratos de partilha de produção, condicionada à demonstração de vantagem para a União. A medida é importante para garantir a continuidade de investimentos no polígono do pré-sal.

Além disso, a Lei autoriza a transferência de excedentes de conteúdo local em contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural. A iniciativa estimula as contratações nacionais visando alavancar a indústria brasileira.

A Lei nº 15.075 pode ser conferida integralmente no Diário Oficial da União.

PPSA realiza sorteio para alocação de vagas de cotistas no cargo de Analista de TI

A PPSA (Pré-Sal Petróleo) realizou nesta sexta-feira (20) sorteio para alocação das vagas de cotistas no cargo de Analista de Tecnologia da Informação para seu primeiro concurso público. O concurso será realizado em 2025 com objetivo de contratar 100 empregados de nível superior. As vagas estarão distribuídas entre os cargos de advogado (4 vagas), analista de gestão corporativa (36 vagas), analista de tecnologia da informação (8 vagas) e especialista em petróleo e gás (52 vagas), com atuação em diferentes áreas dentro da empresa. A alocação das vagas para pessoas pretas e pardas e para pessoas com deficiência seguirá a legislação vigente, sendo 20% das vagas totais destinadas  a pessoas pretas e pardas (PPP) e 5% para pessoas com deficiência (PcDs).

Para atingir os percentuais previstos, o critério de alocação das vagas a ser adotado no Concurso Público da PPSA será o seguinte:

  • Para áreas com três ou quatro vagas: as duas primeiras vagas serão destinadas à ampla concorrência, e a terceira, a pessoa preta e parda. A quarta, se houver, será destinada à ampla concorrência.

 

  • Para áreas com cinco vagas: as duas primeiras serão destinadas à ampla concorrência, a terceira para pessoas pretas e pardas, a quarta para a ampla concorrência e a quinta para pessoa com deficiência.

 

Seguindo este critério, foram alocadas 19 vagas para PPP e 5 vagas para PcD entre os cargos de Advogado, Analista de Gestão Corporativa e Especialista de Petróleo e Gás.

Como o cargo de Analista de Tecnologia de Informação dispõe de oito vagas divididas em cinco áreas de atuação (cada área com uma ou no máximo duas vagas), não foi possível estabelecer o mesmo critério adotado para os cargos de Advogado, Analista de Gestão Corporativa e Especialista de Petróleo e Gás. Por esta razão, a empresa realizou ao vivo em sua página no Youtube sorteio para alocar duas vagas para pessoas pretas e pardas (PPP) e uma vaga para pessoas com deficiência (PcD), obedecendo , assim, ao percentual legal.

 

O sorteio foi realizado pela Gerente de Recursos Humanos e Presidente da Comissão do Concurso Público , Lúcia Cipriano, que esteve acompanhada dos demais membros da Comissão. De acordo com o sorteio, as duas vagas PPP serão alocadas nas áreas de Desenvolvimento de Sistemas e Infraestrutura de TI e a vaga PcD será alocada na área de Segurança da Informação.

O quadro com o descritivo de todas os cargos e áreas, com subdivisão de vagas para ampla concorrência, PPP e PcD será disponibilizado, em breve, no edital.

A live está disponível no Youtube.

PPSA realiza nesta sexta-feira sorteio de vagas para cotistas em seu concurso público

A Comissão do Concurso Público da PPSA (Pré-Sal Petróleo) vai realizar um sorteio público nesta sexta-feira, 20 de dezembro, às 10h, para definir as vagas que serão alocadas para cotistas no concurso público que a empresa realizará em 2025. O sorteio será transmitido pelo canal do Youtube da empresa.

O concurso da PPSA tem como objetivo contratar 100 empregados de nível superior a partir de 2025, além de formar cadastro reserva. As vagas estão distribuídas entre os cargos de advogado, analista de gestão corporativa, analista de tecnologia da informação e especialista em petróleo e gás, com atuação em diferentes áreas da empresa. Das vagas ofertadas, 5% serão destinadas a pessoas com deficiência (PCDs) e 20% a pessoas pretas e pardas (PPP).

Sorteio de vagas para cotistas

Dia: 20/12/2025
Hora: 10h

Transmissão: https://www.youtube.com/presalpetroleoppsa 

FPSO Alexandre de Gusmão sai da China a caminho do Brasil para o campo de Mero

Plataforma terá capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo por dia, no pré-sal da Bacia de Santos

O navio-plataforma Alexandre de Gusmão saiu hoje, 16/12, da China rumo ao campo de petróleo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, afretada pela Petrobras junto à SBM, é do tipo FPSO (unidade flutuantes de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) tem capacidade de produzir diariamente 180 mil barris de óleo, além de comprimir 12 milhões de m3 de gás diários. O início da operação da unidade está previsto para 2025, e elevará em 31% a atual capacidade de produção instalada em Mero, para 770 mil barris diários.

Mero está localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos (profundidade de água de 2.100 metros), a 180 km da costa do estado do Rio de Janeiro. Já há quatro FPSOs produzindo em Mero: Pioneiro de Libra, Guanabara, Sepetiba e Marechal Duque de Caxias. O FPSO Alexandre de Gusmão é a 5ª unidade prevista para instalação no campo.

O campo unitizado de Mero é regido pelo Contrato de Partilha de Produção de Libra – operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que além de gestora do contrato, atua como representante da União na área não contratada (3,5%).

O FPSO Alexandre de Gusmão está preparado para receber o HISEP® (sigla em inglês para Separador de Alta Pressão), patenteado pela Petrobras, tecnologia que viabiliza a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado produzido, rico em CO₂, o qual é reinjetado diretamente no reservatório a partir do leito marinho. Dessa forma, a unidade poderá produzir com mais eficiência energética e reduzir o impacto ambiental e a intensidade de emissões.

Produção de petróleo da União ultrapassa 100 mil bpd em outubro

A produção de petróleo da União ultrapassou a marca de cem mil barris por dia em outubro (104 mil bpd), resultado 4,4% maior do que o registrado no mês anterior. O volume é referente à produção de oito contratos de partilha (100,13 mil bpd) e dos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu (3,48 mil bpd). A principal razão para o crescimento foi o maior excedente em óleo para a União no Campo de Sépia. Segundo Tabita Loureiro, Presidente interina da PPSA, este resultado configura a União pela primeira vez como a quinta maior produtora de petróleo no Brasil. “Em um ano, dobramos a produção da União. Isso é muito relevante. Acabamos de apresentar, em nosso Fórum Técnico, um estudo com projeções para os próximos dez anos e estamos estimando chegar em 2030 com mais de 500 mil barris por dia”, disse ela.

Em outubro, a União também teve direito a uma produção recorde de gás natural de 255 mil m³ por dia, volume 57% maior do que o resultado de setembro, referente às participações nos campos de Tupi, Búzios, Espadim, Sapinhoá, Sépia e Tartaruga Verde Sudoeste. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção, divulgado nesta segunda-feira, 16, pela PPSA (Pré-Sal Petróleo). Desde 2017, a produção acumulada de petróleo parcela da União já soma 62,5 milhões de barris e 277 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Contratos de partilha de produção

A produção total dos contratos em regime de partilha foi de 1 milhão de barris de petróleo por dia em outubro, cerca de 30% da produção nacional. O resultado foi 8% menor do que o período anterior, em função das paradas programadas de produção das unidades FPSO Almirante Barroso e da P-76, ambas no campo de Búzios. O campo de Búzios segue como o maior produtor, com cerca de 413,8 mil bpd, seguido de Mero (365,3 mil bpd) e Sépia (93,9 mil bpd).

Ainda em outubro, a produção de gás natural disponível para exportação em regime de partilha foi de 4 milhões de m³ por dia. Búzios foi o maior exportador com 3,28 milhões de m³ por dia, respondendo por 81% do total da produção. Deste total, a União teve direito a uma produção de 192 mil m³ por dia. Desde 2017, início da série histórica, a exportação acumulada de gás natural em regime de partilha é cerca de 3 bilhões de m³ por dia .

Acesse aqui o boletim completo.

CNPE aprova inclusão de sete novos blocos do pré-sal no ciclo de Oferta Permanente de partilha de produção de óleo e gás

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta terça-feira (10/12), a inclusão dos blocos Cerussita, Aragonita, Rodocrosita, Malaquita, Opala, Quartzo e Calcedônia para a licitação em regime de partilha de produção, no sistema de Oferta Permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para esses blocos, a expectativa de arrecadação governamental é de mais de R$ 220 bilhões durante a vida útil dos projetos, com previsão de R$ 214 bilhões em investimentos no período.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o impacto da decisão para a garantia da autossuficiência energética do país. “Essa medida tem relevância fundamental para a economia, atraindo grandes investimentos para o país e gerando emprego e renda para a população. Para esses blocos em específico, só as receitas de bônus de assinatura vão gerar R$ 874 milhões para a União, reafirmando a importância dessa decisão para o desenvolvimento econômico do Brasil”, destacou.

Os sete blocos estão localizados no polígono do pré-sal, especificamente na Bacia de Santos, localizada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Eles se juntam aos outros dezessete blocos já autorizados pelo CNPE anteriormente. Com isto, o próximo leilão, previsto para junho, deverá ser o maior leilão do regime de partilha de produção em quantidade de blocos. Essa é mais uma entrega do programa Potencializa E&P, iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME) que visa promover o desenvolvimento sustentável da exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

 

Foto: Tauan Alencar | MME

Fórum Técnico da PPSA discute o futuro do pré-sal, desafios de ramp-up e mudanças nos contratos de partilha de produção

O Fórum Técnico promovido pela PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A) reuniu autoridades, executivos das principais petroleiras e especialistas do setor para discutir o futuro do pré-sal, as inovações tecnológicas necessárias para reduzir as emissões e os desafios legais e operacionais que impactam o setor. O evento, realizado no Rio de Janeiro, abordou temas como os próximos passos para o pré-sal, os desafios no ramp-up das plataformas e os investimentos necessários para garantir a continuidade da produção. A abertura do Fórum foi feita por Pietro Mendes, Secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), que destacou a importância do setor de petróleo para a economia nacional e as mudanças que estão sendo estudadas pelo governo para aprimorar o regime de partilha de produção. Mendes também comentou outras ações do MME para garantir a competitividade e sustentabilidade da indústria.

Mendes lembrou que o governo está analisando mudanças nos contratos de partilha de produção, para adaptar o modelo de negócios às necessidades econômicas e operacionais do setor.

“Uma das mudanças que estamos estudando é permitir a prorrogação dos contratos de partilha de produção, nos casos em que for demonstrada a vantajosidade econômica para a União. Então, a gente vai ter que analisar se essa extensão do contrato é vantajosa para a União, mas é criar essa possibilidade, obviamente, ouvindo a PPSA e a ANP, que poderá fazer essa prorrogação”, afirmou Mendes.

Hoje, os contratos de partilha de produção não preveem a possibilidade de renovação, e qualquer mudança nesse sentido exigirá alteração legislativa. O modelo atual estabelece que, após o término do contrato, os campos devem ser devolvidos à União, o que, em alguns casos, pode não ser vantajoso para o país. A proposta de prorrogação visa garantir a continuidade da produção e os investimentos em campos ainda com grande potencial.

Tabita Loureiro, Presidente Interina da PPSA, apresentou as “Estimativas de Resultados nos Contratos de Partilha de Produção”, com um olhar voltado para os próximos anos. A avaliação da empresa indica que os contratos de partilha de produção exigirão investimentos de R$ 53 bilhões no próximo quinquênio. Além disso, ela ressaltou que todos esses projetos comerciais demandarão a perfuração de 145 poços entre exploração e produção nesse mesmo período. A previsão é de instalação de 11 novas FPSOs até o final da década.

“E, entregando um óleo cada vez mais descarbonizado, na ordem de 10 a 11 quilos de CO2 por barril de óleo equivalente, somos competitivos no cenário de transição energética”, afirmou Tabita Loureiro.

O Futuro do Pré-Sal: Desafios e Oportunidades

No painel “O futuro do pré-sal: adaptando-se a um novo cenário”, moderado por Tabita Loureiro, os participantes discutiram os desafios e as oportunidades do pré-sal nos próximos anos. A conversa envolveu grandes nomes do setor, como Paula Pereira da Silva, Country Manager da Galp Brasil; Huang Yehua, Presidente da CNOOC Brasil; Alberto Ferrin, Presidente da ExxonMobil Brasil; e Heloísa Borges, Diretora de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE e Pietro Mendes.

Os executivos do setor destacaram que, apesar dos desafios do ambiente regulatório e dos custos crescentes, o Brasil segue sendo uma região atrativa para investimentos no setor de petróleo e gás. A necessidade de políticas públicas para garantir a continuidade desses investimentos foi um ponto central da discussão.

Desafios no Ramp-up das Plataformas

O painel da tarde abordou os desafios, lições aprendidas e cases de sucesso no processo de instalação das FPSOs no pré-sal. Moderado por Samir Awad, Diretor de Comercialização da PPSA, o debate reuniu especialistas como Vinícius Carvalho, Gerente de Operações da Equinor; João Carlos de Araujo, Gerente Geral de Implantação de Projetos da Petrobras; Alan Buchi, Diretor Comercial da FMC Technip; Pedro Rabello, Gerente de Operações da Subsea 7; e Luiz Bispo, Superintendente de Segurança Operacional da ANP.

Entre os principais pontos discutidos, estavam os desafios logísticos e operacionais enfrentados pelas empresas durante o first oil e o ramp-up, como a coordenação entre fornecedores, a instalação orquestrada da infraestrutura, o comissionamento e as questões relacionadas ao licenciamento ambiental e ao atendimento às condicionantes de segurança operacional da ANP.

Novos Leilões e Perspectivas para o Mercado

Por fim, Guilherme França, Superintendente de Comercialização da PPSA, apresentou as “Estimativas de volumes para o 5º Leilão de Petróleo da União” e os próximos passos para o Leilão de Gás Natural.

A PPSA estima comercializar 78 milhões de barris de petróleo da União em 25 junho do próximo ano na B3, em São Paulo.  O 5º Leilão de Petróleo da União comercializará a produção da União dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará.

França também anunciou que o 1° Leilão do Gás Natural da União está previsto para acontecer no quarto trimestre de 2025. “Estamos neste momento analisando a contratação do Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e do Sistema Integrado de Processamento (SIP), necessários para a realização do leilão.”, explicou.

O último painel, intitulado “Potencial Remanescente do Polígono do Pré-Sal”, foi moderado por Rudy Ferreira, Superintendente de Exploração da PPSA, e contou com as contribuições de Jair Rodrigues Soares, Coordenador de Geociências de Exploração da PPSA; Bruna Lyra e Eduardo Leaubon, da Viridien; Juliana Santos, da TGS; e Ildeson Prates Bastos, Superintendente de Avaliação Geológica e Econômica da ANP.

Os especialistas detalharam as oportunidades remanescentes de exploração no polígono do pré-sal e apresentaram dados sísmicos e análises sobre prospectos identificados no polígono, que, de acordo com os estudos, continuam a demonstrar um potencial geológico de petróleo e gás.