PPSA vai apresentar ao MME estudos para aumentar a atratividade do polígono do pré-sal

A Pré-Sal Petróleo (PPSA) vai desenvolver estudos para subsidiar o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no desenvolvimento de políticas que ampliem a atratividade do Polígono do Pré-sal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22) pela Diretora Técnica e Presidente interina da empresa, Tabita Loureiro, durante a 6ª edição do Fórum Técnico Pré-sal Petróleo, realizado em comemoração aos 10 anos da PPSA e do regime de partilha.  

“Uma coisa é o potencial geológico e outra são as condições das políticas públicas entregues aos investidores para que os projetos sejam desenvolvidos”, disse Tabita, lembrando que mesmo antes da conclusão dos estudos, o ministério já desenvolve um programa de estímulo à atividade de exploração e produção de óleo e gás no país, inclusive no pré-sal, que deve ser submetido ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em breve, o Potencializa E&P. O objetivo desse trabalho é melhorar as condições de investimento”, completou.

Atualmente, o cenário exploratório do polígono do pré-sal é diferente do passado. As oportunidades existentes apresentam maior risco exploratório e as descobertas têm sido menores que as descobertas gigantes ocorridas no passado. Mas ainda há muitas oportunidades, 65% da área do polígono não está contratada. Tabita também ressaltou que é preciso olhar as oportunidades do pós-sal, que foram despriorizados com o pré-sal, e trabalhar as condições para torná-las atrativas no regime de partilha, no polígono do pré-sal. 

Alguns direcionamentos já foram definidos pelo MME, como parte desse programa, segundo o Diretor de Exploração e Produção do MME, Rafael Bastos, que também esteve presente no Fórum, em um painel dedicado a debater a atratividade do pré-sal. Rafael apresentou a futura estrutura do Potencializa E&P e as 11 áreas que serão submetidas para o CNPE para inclusão no estoque da Oferta Permanente de Partilha. O diretor do MME disse ainda que podem ser avaliadas medidas como prorrogações de contratos de partilha da produção, em que parte do volume extraído é direcionado à União, por meio da PPSA. No programa, o MME ainda prioriza a elaboração de diretrizes de conteúdo local.  

“A intenção é evoluir com as cláusulas de compromisso de conteúdo local da indústria e o aparato do Estado, que precisa ser desenvolvido para permitir que os fornecedores de bens e serviços no Brasil tenham condições de competir com o mercado internacional de forma justa”, afirmou Bastos.  

No mesmo sentido, o Diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, defendeu o aproveitamento máximo do potencial do pré-sal. “Há oportunidades no polígono do pré-sal que devem ser objeto de atenção dos órgãos reguladores e por aqueles que respondem pelas políticas públicas, além de contribuintes, como a PPSA. É preciso encontrar formas de incentivar o potencial do pré-sal e atrair o investimento”, destacou.   

Já o Diretor do Departamento de Combustíveis Derivados do Petróleo, Renato Dutra, destacou que os contratos de partilha, administrados pela PPSA, geram mais valor à sociedade do que a simples venda do óleo produzido para exportação. “Mas, apesar do sucesso da partilha, não podemos dar a missão como cumprida. Precisamos continuar avançando para agregar novas reservas de óleo e gás. É importante continuar a explorar as bacias sedimentares de fronteiras exploratórias, descentralizando investimentos e criando formas de gerar também emprego e renda”, afirmou.

Na área de gás natural, no painel ‘Caminhos para desenvolver o mercado de gás natural no Brasil e o papel da PPSA’, participantes do evento ressaltaram a importância de encontrar alternativa para incertezas que ainda prevalecem no segmento. Entre as sugestões está a realização de leilões que agreguem os interesses de produtores e possíveis consumidores. Professor do Instituto de Energia da PUC-Rio, Edmar Almeida acredita que, frente à insegurança predominante, a PPSA tem o papel de ajudar a alinhar as expectativas de toda cadeia e, assim, apontar soluções para o mercado.  

O futuro da indústria petrolífera também será marcado pelas transformações provocadas pelas metas mundiais de descarbonização das economias, como ressaltaram os participantes do painel ‘Iniciativas para a descarbonização no pré-sal’. Eles destacaram a importância da tecnologia na construção de um cenário de queda das emissões e ratificaram a relevância da Indústria na transição energética. 

“O pré-sal é um privilégio. Ele é formado por campos de alta produtividade e ainda reduzir emissões a partir de escolhas tecnológicas eficientes”, ressaltou a gerente executiva de Mudanças Climáticas da empresa, Viviana Coelho.  

 

Cultura 

O aniversário de 10 anos da PPSA foi marcado também pela realização da exposição “O Pré-Sal e a Sociedade – 10 anos do Regime de Partilha de Produção”, no Rio de Janeiro, em parceria com o Museu de Ciências da Terra (MCTer), vinculado ao Serviço Geológico do Brasil, e o Ministério de Minas e Energia (MME). 

O evento foi aberto nesta quarta-feira, 22, e se estenderá até 31 de janeiro de 2024, com entrada gratuita. É esperada a visita de mais de 10 mil pessoas.  

Na exposição, a PPSA conta a história de como o petróleo é explorado no pré-sal, a mais de 7 mil metros de profundidade, e como gera riqueza, emprego, renda, saúde e educação para a sociedade brasileira. 

Amostras de rochas e do óleo extraído em diferentes campos do pré-sal, além de maquetes de equipamentos usados pela indústria para a exploração e produção do óleo, fazem parte da exposição. 

 

Produção de petróleo da União em regime de partilha será 11 vezes maior que a atual em 2029

A produção diária de petróleo da União dará um salto nos próximos 10 anos e alcançará o pico em 2029, quando atingirá 564 mil barris por dia, mais de 11 vezes a produção atual de 51 mil bpd. A projeção é do estudo “Estimativas de resultados nos contratos de partilha e nos acordos de individualização com participação da União”, elaborado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) que contempla projeções até 2033 para os contratos de partilha e para as jazidas compartilhada de Mero, Atapu e Tupi. O trabalho foi divulgado nesta quarta-feira (22), pela Diretora Técnica e Presidente Interina, Tabita Loureiro, no Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo – 10 anos de história.

Segundo Tabita Loureiro, somente com a comercialização da parcela de petróleo e de gás natural da União serão arrecadados R$ 466 bilhões nos próximos dez anos. Quase a totalidade da produção da União (97,5%) virá de projetos com declaração de comercialidade.  Neste período, os contratos irão gerar uma receita total de R$ 1,15 trilhão para os cofres públicos, considerando a comercialização, o pagamento de royalties (R$ 373 bilhões) e os tributos recolhidos pelas empresas produtoras (R$ 315 bilhões).

Considerando toda a vida útil dos contratos, somente os nove contratos comerciais de partilha representam para sociedade pelo menos R$ 2 trilhões em comercialização de óleo e gás natural, royalties e tributos, além de R$ 700 bilhões  em investimentos.

“Os projetos em regime de partilha estão em curva ascendente de produção. Atingiremos 564 mil barris por dia de produção para a União em 2029 só com os contratos comerciais. Pela primeira vez, estamos projetando a produção da União de gás natural e observamos que nos próximos anos, o governo terá cerca de 3 milhões de m³ por dia para ofertar ao mercado.”, explicou Tabita.

A parcela de gás natural diária da União saltará dos 112 mil m³/dia (setembro de 2023) para 1,8 milhão m³/dia em 2027, mantendo uma média de 3 milhões m³/dia pelos próximos seis anos. O pico é alcançado em 2029 com 3,5 milhões m³/dia.

Produção crescente 

O estudo projeta também a produção média diária total dos contratos. No petróleo, é esperado um salto, com a produção saindo dos atuais 921 mil barris por dia (bpd) para 2,3 milhões de bpd em 2029, quando a produção atingirá o pico. Nos anos seguintes, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente.  De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 6,5 bilhões de barris produzidos, dos quais 1,3 bilhão pertencerão à União (20%).

A produção de gás natural para exportação nestes contratos apresenta crescimento a partir de 2025 e se mantém praticamente estável entre 2026 e 2032.

Além dos valores arrecadados para a União, os investimentos realizados pela indústria também serão vultuosos: R$ 475 bilhões até 2033, com pico em 2025 quando serão aplicados R$ 104,42 bilhões na produção de petróleo e de gás natural nos contratos de partilha de produção. O estudo estima, ainda, a demanda de 18 FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e 302 poços.  Desse número, só os contratos comerciais representam 11 FPSOS e 215 poços.

O trabalho foi realizado pela equipe de Planejamento Estratégico da PPSA e pela Diretoria de Gestão de Contratos com a utilização de um modelo de avaliação econômica desenvolvido internamente. Foi utilizado o preço de US$ 75 por barril nos anos de 2024 e 2025 e de US$ 70 por barril de 2026 em diante.

 

Confira o estudo aqui

Assista a apresentação do estudo:

Empresas impulsionam a pesquisa na transição energética

O baixo teor de carbono do petróleo do pré-sal está relacionado a escolhas tecnológicas feitas pela Petrobras. A norueguesa Equinor é outro exemplo de companhia que investe em soluções limpas, como no campo de Bacalhau, na Bacia de Santos.

As empresas têm investidos mais dinheiro na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente naquelas direcionadas à transição energética, segundo o CEO do Centro de Soluções de Baixo Carbono da Coppe-UFRJ, Alfredo Renault. Ele foi um dos participantes do painel “Iniciativas para a descarbonização no pré-sal” no Fórum Técnico Pré-sal Petróleo, promovido pela PPSA em comemoração aos seus 10 anos. E defendeu que as companhias incluam em seus planos estratégicos um portfólio de pesquisa para que a maturidade dos ativos seja acompanhada da redução das emissões.

“As empresas têm um papel relevante no investimento e capacidade de trabalhar com processos intensivos em capital e tecnologia. Elas são um motor na transição energética”, complementou o Superintendente de Tecnologia e Meio Ambiente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Raphael Moura. E citou como exemplo positivo a Petrogal, que direcionou 70% de seu portfólio de investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para a descarbonização e a transição energética.

Na Petrobras, o uso de tecnologias foi fundamental para que a companhia conseguisse produzir petróleo de baixo teor de carbono no pré-sal. “O pré-sal opera com emissão tão baixa não só por uma questão geológica, mas também por conta das suas escolhas tecnológicas. O pré-sal é a soma da qualidade do reservatório com o fato de que alguns campos operam com mais de 99% de aproveitamento de gás, por exemplo”, disse a Gerente Executiva de Mudanças Climáticas da petrolífera, Viviana Coelho.

Da mesma forma, a Equinor também caminha para reduzir as emissões do óleo que extrai no Brasil. No campo de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, a empresa norueguesa tem adotado medidas para, além de maximizar a produção, reduzir a pegada de carbono e aumentar a eficiência energética do projeto.

Um dos meios adotados para isso foi a escolha pela instalação de turbinas a ciclo combinado no FPSO do campo, que utilizam o calor gerado nas operações a gás para alimentar processos a vapor e assim gerar eletricidade. Combinadas, as duas turbinas – a gás e vapor – ampliam a eficiência do ativo, de acordo com o Gerente de Reservatórios do Campo de Bacalhau, Elysio Nogueira.

O painel foi moderado pela Assessora de Planejamento Estratégico da PPSA, Leandra Ribeiro.

Assista ao painel na íntegra:

Governo mobilizado por novas fronteiras

Ministério de Minas e Energia desenvolve um programa focado na atividade de exploração e produção de óleo e gás para estimular o investimento no crescimento das reservas.

O Brasil tem o desafio de avançar por novas frentes exploratórias de óleo e gás natural, segundo o diretor do Departamento de Combustíveis, Derivados de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Renato Dutra. Durante o 6º Fórum Técnico Pré-sal Petróleo, em comemoração aos 10 anos da Pré-sal Petróleo (PPSA), ele ressaltou que, apesar do sucesso do pré-sal, o Brasil não pode dar a “missão como cumprida”.

“Precisamos avançar por novas fronteiras. Os desafios da política pública passam por soluções de médio e longo prazos”, afirmou Dutra, acrescentando que o ministério tem buscado alternativas para viabilizar a realização de leilões de contratos de longo prazo pela PPSA, para incentivar o refino do óleo da União.

Durante o painel ‘Atratividade no Pré-sal’, o Diretor de Exploração e Produção do ministério, Rafael Bastos, também destacou a preocupação do governo em estabelecer políticas públicas que estimulem o crescimento da atividade exploratória, inclusive no pré-sal. Para isso, o MME está desenvolvendo um programa, que deve ser apresentado ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em dezembro.

O Diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, ressaltou o potencial do pré-sal, que hoje responde por 77% da produção nacional de petróleo com tendência de alta nos próximos anos. E afirmou que as oportunidades no polígono do pré-sal devem ser objeto de atenção dos órgãos reguladores, sendo necessário incentivar o potencial e atrair investimentos.

Roberto Ardenghy, presidente do IBP, defendeu a importância de um regime fiscal competitivo para garantir a atratividade do pré-sal brasileiro. Já o presidente da Petrogal, Daniel Elias, destacou que, ao contrário do que acontecia no passado, as empresas, atualmente, estão focadas também na transição energética. Em sua opinião o Brasil tem a vantagem de ter conseguido desenvolver conhecimento tecnológico nessa área, como o de reinjeção de carbono em campos do pré-sal.

O painel foi mediado pelo Gerente Executivo da PPSA, Jason Carneiro.

Assista ao painel na íntegra

MME e ANP avaliam como colocar o ‘Gás para Empregar’ em prática

O desafio do governo é criar políticas públicas e regulamentar a Lei do Gás, que fundamenta o programa de desenvolvimento do setor. Enquanto isso, as duas instituições trabalham na transição do mercado.

O Ministério de Minas e Energia está trabalhando com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para tirar o programa ‘Gás para Empregar’ do papel. Idealizado para ser uma âncora de desenvolvimento industrial, o programa depende ainda de regulamentações para avançar.

Durante o painel ‘Caminhos para Desenvolver o Mercado de Gás no Brasil e o Papel da PPSA’, no 6º Fórum Técnico Pré-sal Petróleo, o Diretor do Departamento de Gás Natural do ministério, Marcello Weydt, destacou que cabe ao MME propor medidas públicas por meio do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Já o papel do órgão regulador é implementar o programa.

“Estamos chegando numa etapa de somar as mãos com a agência e identificar o que precisamos e como vamos fazer para garantir a previsibilidade para os investidores e a segurança jurídica durante o momento de transição, enquanto não saem as resoluções setoriais”, afirmou Weydt no evento, que marcou o aniversário de 10 anos da Pré-Sal Petróleo (PPSA).

Para a Diretora Executiva de Gás Natural do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Sylvie D’Apote, também participante do painel, já é possível perceber um ambiente de mercado mais competitivo no país, apesar da regulamentação da Lei do Gás, que fundamenta o ‘Gás para Empregar’, ainda não ter sido definida.

Um exemplo disso, seria o movimento de desverticalização do setor, com a entrada de novos agentes além da Petrobras, como no segmento de transporte.

Ela ressaltou, no entanto, que um crescimento da oferta não acontecerá sem um investimento com retorno de mais longo prazo e que o preço do insumo não irá cair imediatamente, logo após a implementação efetiva da Lei do Gás.

“O preço do gás não vai derreter. O choque de oferta de gás não vai gerar competitividade automaticamente. É natural que a dinâmica de desenvolvimento do setor seja condicionada a decisões da Petrobras, ao que ela vai fazer com o seu gás, porque a empresa é a principal ofertante”, complementou o CEO da consultoria Gas Energy, Rivaldo Neto.

Rivaldo disse, ainda, que os leilões são importantes para fomentar o mercado de gás natural no Brasil, podendo ser instrumento para testar a demanda. Tema com o qual o professor do Instituto de Energia da PUC, Edmar Almeida, concorda. “Leilões são mecanismos para redução de incertezas”, afirma Almeida, citando o exemplo da Alemanha que criou leilões simultâneos de oferta e demanda para impulsionar o hidrogênio verde. Almeida também ressaltou a importância da PPSA nesse processo, ao contribuir com a formação de conhecimento e o alinhamento das expectativas de fornecedores e compradores de gás.

O painel foi moderado pelo consultor jurídico da PPSA, Artur Watt.

Assista ao painel na íntegra:

Exposição no Museu de Ciências da Terra apresenta como funciona a exploração e produção de petróleo no pré-sal

Mostra está sendo realizada em comemoração aos

10 anos da PPSA e do regime de partilha de produção

 

Para celebrar seus 10 anos de atividade, completados no último dia 12, a Pré-Sal Petróleo (PPSA) promove a exposição “O Pré-Sal e a Sociedade – 10 anos do Regime de Partilha de Produção”, no Rio de Janeiro, em parceria com o Museu de Ciências da Terra (MCTer), vinculado ao Serviço Geológico do Brasil, e o Ministério de Minas e Energia (MME).

A mostra será inaugurada na próxima terça-feira (21), com presença prevista do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Também participarão do evento a Diretora Técnica e Presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, o Diretor de Gestão de Contratos, Evamar Santos, o Diretor de Finanças, Administração e Comercialização, Samir Awad, e o Diretor-Presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Inácio Melo.  Na ocasião, será comemorado o décimo aniversário da PPSA.

Segundo a Diretora Técnica e Presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, a exposição permite que a sociedade conheça mais sobre a exploração e produção de petróleo em regime de partilha de produção e entenda os benefícios gerados para o país. “O acervo exposto  dá uma dimensão de como ocorrem a exploração e a produção no pré-sal, nos contratos de partilha. Uma parcela dessa produção é da União e gera receita para a educação e saúde. Vamos mostrar que só os contratos comerciais entregam para a sociedade R$ 2 trilhões de reais em comercialização de óleo e gás, participações governamentais e tributos. Além disso, são R$ 700 bilhões em investimentos que significam geração de emprego e renda. São resultados concretos entregues pela PPSA à sociedade brasileira e queremos mostrar isso.”, disse ela.

Para Inácio Melo, diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), essa mostra é uma oportunidade única para se compreender como as descobertas extraordinárias no Polígono do Pré-Sal têm moldado não apenas o cenário energético do país, mas também a economia e a sociedade como um todo. “Ao mergulhar nas conquistas dos últimos 10 anos, vamos desvendar como o petróleo do pré-sal não é apenas uma fonte de energia, mas uma força propulsora para o progresso, ao gerar oportunidades, investimentos e contribuir para setores cruciais, como saúde e educação”, destacou.

A exposição estará aberta para visitação a partir da quinta-feira, 22, e se encerra no dia 31 de janeiro de 2024, com entrada gratuita. A expectativa é de que mais de 10 mil pessoas visitem a mostra, que conta a história de como o petróleo é explorado no pré-sal, a mais de 7 mil metros de profundidade, e como gera riqueza, emprego, renda, saúde e educação para a sociedade brasileira.

Entre os materiais expostos, estarão amostras de rochas e do óleo extraído em diferentes campos do pré-sal, além de maquetes de equipamentos usados pela indústria para a exploração e produção do óleo. Serão apresentadas também a evolução dos contratos de partilha nesses dez anos e a atuação da PPSA, mostrando como a empresa gera valor para a sociedade.

O público terá a oportunidade de entender o que é o pré-sal e conhecer os equipamentos e tecnologias empregados na extração de petróleo em águas ultraprofundas – até 7 mil metros de profundidade. A PPSA fez parceria com diversas empresas da indústria de óleo e gás, que cederam materiais para dar um panorama da grande dimensão do mundo offshore. O MCTer fica no corredor cultural do Rio, a caminho do Pão de Açúcar.

A coordenação-geral da exposição está a cargo da museóloga Célia Corsino, do Museu de Ciências da Terra. Pela PPSA, o trabalho contou com a colaboração de uma comissão formada por uma equipe técnica da empresa – composta por geólogos, engenheiros e jornalistas – liderada pela Diretoria Técnica. Os materiais apresentados na mostra foram cedidos pelas empresas Bureau Veritas, ExxonMobil, Galp, Laboratório de Geologia Sedimentar da UFRJ, Modec, Petrobras, Shell Brasil, SLB, TechnipFMC e Vallourec.

 

Serviço:

Exposição “O Pré-Sal e a Sociedade – 10 anos do Regime de Partilha no Brasil”

Entrada gratuita

Data: 22/11/23 a 31/01/24

Local: Museu de Ciências da Terra (MCTer)

Endereço: Av. Pasteur, 404, 2º Andar – Urca, Rio de Janeiro

Horário de funcionamento: quarta-feira a sábado, das 10h às 16h

Agendamento para escolas, enviar e-mail para: educamcter@sgb.gov.br

Organização: PPSA, Museu de Ciências da Terra, Serviço Geológico do Brasil e MME.

Hidrogênio e amônia azul são temas de palestra da PPSA no último dia da OTC Brasil

No último dia da OTC Brasil, o Assessor da Presidência da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Alberto Fonseca, proferiu uma palestra sobre “A produção de gás natural no pré-sal do Brasil e o desenvolvimento sustentável com a geração de hidrogênio azul e amônia azul”.

De acordo com Alberto, é possível utilizar o hidrogênio e a amônia azul, que são energias renováveis, em substituição a combustíveis fósseis. “Em vários países da Europa já existe essa prática cujo objetivo é a geração de hidrogênio a partir da água”, explicou Alberto, que é engenheiro químico e está terminando o doutorado pesquisando sobre engenharia ambiental.

Ele detalhou os benefícios do projeto, que pode ser desenvolvido durante o processo de produção de gás natural no pré-sal: “São muitas vantagens, pois quando se separa o metano como fonte de energia, o gás carbônico produzido pode ser injetado no reservatório como fator de recuperação”.

Diretora técnica da PPSA, Tabita Loureiro recebe Prêmio Mulheres do Ano

Nesta quarta-feira (25), a Diretora técnica e Presidente interina da Pré-Sal Petróleo, Tabita Loureiro, foi homenageada e recebeu o Prêmio Mulheres do Ano 2023, entregue durante o “Coquetel Sim, elas existem!”, realizado simultaneamente à Offshore Technology Conference e de celebração da diversidade no setor de energia.

Foram homenageadas mulheres comprometidas com a diversidade e com a inclusão. “O movimento ‘Sim, elas existem’ sempre me acompanhou. Foi uma iniciativa que apostou em mim sem que eu imaginasse que um dia chegaria a um lugar de liderança”, destacou Tabita.

Emocionada, ela falou sobre a necessidade de valorização das mulheres que se sacrificam em prol de sua carreira, para entregar o melhor no trabalho, e ressaltou a importância da sororidade e do apoio masculino. “O ‘He for She’ é outro movimento fundamental e que começa em casa, com os pais, filhos, irmãos e maridos apoiando e incentivando as mulheres da família, como meu pai sempre fez comigo. É um movimento muito importante para a indústria do petróleo, porque, no nosso setor, os homens ocupam, em sua maioria, os cargos de liderança. Então são eles que podem alçar mulheres competentes aos cargos executivos. Se hoje estou aqui, é porque tive homens chefes que, ao longo da minha carreira, reconheceram as minhas competências, os resultados do meu trabalho e apostaram no meu potencial, como o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira fez comigo na PPSA. Isso faz toda a diferença”, disse Tabita.

Durante o evento, também foram premiadas outras mulheres por suas trajetórias: Angela Livino (Diretora da Empresa de Pesquisa Energética – EPE), Monica Marcondes (Executiva do Banco Santander) e Angelica Ruiz (CEO da BP Brasil), que recebeu o prêmio antes da cerimônia.

PPSA aponta caminhos para o armazenamento geológico de CO2 no pré-sal

O coordenador da Engenharia de Reservatórios da Pré-Sal Petróleo, Jorge Pizarro, apresentou palestra nesta quarta-feira (25) na OTC Brasil sobre “Caminhos futuros para armazenamento geológico de CO2”. Em seu estudo, Pizarro propõe a utilização de campos futuramente esgotados do pré-sal para a criação de um hub de estocagem de carbono, contribuindo assim para a redução das emissões no Brasil.

“O mundo está atento ao aquecimento global e é preciso buscar alternativas, por exemplo, para o sequestro de CO2”, explicou.

Em sua palestra, Pizarro lembrou que muitas plataformas que produzem no pré-sal incorporaram a tecnologia de CCUS (captura, utilização e sequestro de carbono) associada à recuperação avançada de petróleo (EOR – Enhanced Oil Recovery). Atualmente, mais de 40 milhões de toneladas de CO2 já foram reinjetadas, aumentando a eficiência da produção e reduzindo a intensidade de emissões.

Para o futuro, diz ele, este processo poderia evoluir com os campos do pré-sal, sendo utilizados para a captura e sequestro de carbono de outras industrias. “Podemos capturar o CO2 de uma indústria, em terra, por exemplo, e armazenar este CO2 para sempre em um campo esgotado do pré-sal. Isso contribuiria para a redução das emissões. A Noruega já está fazendo essa experiência no Mar do Norte. No futuro, podemos também trazer essa possibilidade para o Brasil, criando mais uma vantagem estratégia para o pré-sal”, diz ele.

FPSO Almirante Barroso atinge topo de produção em tempo recorde

A Petrobras informou que o navio-plataforma Almirante Barroso, que opera no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu, no dia 24/10,  o topo de produção de 150 mil barris de petróleo por dia (bpd).  Esse resultado foi alcançado em tempo recorde: foram 146 dias (menos de cinco meses) desde o primeiro óleo. O recorde anterior da Petrobras foi o do FPSO P-76, cujo atingimento da capacidade máxima de produção se deu em menos de oito meses, também no campo de Búzios. A plataforma Almirante Barroso é do tipo FPSO, ou seja, é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (da sigla em inglês) e começou a produzir comercialmente no dia 31/05 deste ano.

No sistema submarino do projeto, com a incorporação de soluções inovadoras na instalação dos dutos rígidos, obteve-se redução de 15% no tempo médio de interligação dos poços, contribuindo diretamente para o tempo recorde de ramp-up.

Afretada junto à Modec, a plataforma está localizada a 180 km da costa do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 1.900 metros. A Petrobras é a operadora do campo com 88,99% de participação na jazida compartilhada de Búzios, tendo como parceiras a CNOOC com 7,34% e a CNODC com 3,67%.

“Graças ao empenho de nosso corpo técnico e à adoção de novas tecnologias, continuaremos a obter um resultado excepcional em Búzios, com a implantação de onze unidades com alta capacidade de produção, equipadas com as mais modernas tecnologias de descarbonização”, declara o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos.

Últimos recordes – atingimento de topo de produção:

– FPSO Almirante Barroso no campo de Búzios, na Bacia de Santos – Topo de produção em 146 dias (menos de 5 meses) – Produção de 150 mil barris diários.

– FPSO P-76, no campo de Búzios, na Bacia de Santos – Topo de produção em 234 dias (menos de oito meses)

– FPSO Guanabara no campo de Mero, na Bacia de Santos – Topo de produção em 249 dias (oito meses) – Produção de 180 mil barris diários.

 

 

Foto: Agência Petrobras